segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Projecto Comenius

A pretexto do projecto Comenius, a escola EB 2,3/S da Chamusca pretende uma intervenção ao nível dos espaços exteriores, que incentive os alunos, nos tempos livres, a praticarem actividade física. O combate ao sedentarismo, a necessidade de reformular alguns espaços exteriores e reaproveitar equipamentos degradados eram os problemas a resolver.
A ideia proposta foi a criação de um percurso de manutenção ao longo do parque escolar. O percurso incentiva os alunos (e não só) a caminharem ao longo deste, evitando tempos mortos e fazendo os alunos se mexerem. A ideia pretende também evitar a formação de pequenos guetos ou locais escondidos no recreio do recinto, onde os alunos podem ter comportamentos desviantes. Ao levar os utilizadores até esses locais, a principal característica desses locais, a privacidade, é minimizada porque, agora, muito mais gente passa por esses locais.
Ao longo do percurso seriam colocados "pontos de vigia", serão pontos de paragem assinalados de diversas formas consoante a área disciplinar a que este se destine. Ou seja, por exemplo: a disciplina de biologia poderá ter um "ponto de vigia" que se destine a observação de alguma árvore especifica, ou a disciplina de português ter um ponto de leitura, etc.
Uma das particularidades deste programa é o facto de a escola ter recorrido a um antigo aluno para a execução do projecto, com vista a incentivar os presentes alunos e a mostrar também que acompanha os antigos alunos nos seus percursos profissionais.
O projecto foi pensado para ter um carácter aberto à comunidade, tanto na sua construção, como na possibilidade de facultar a utilização a toda a comunidade (aos fins de semana por exemplo) de forma a estimular a actividade física. Assim a escola seria mais que um sitio onde se deixam os filhos e passaria a ser, ainda mais, um equipamento público.




sexta-feira, 22 de maio de 2009

Plataformas

O pedido para o desenho de um simples móvel de TV foi uma oportunidade para finalmente ver materializadas as ideias que antes não passaram do papel. No fundo, uma plataforma de experimentação.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Torres em Lisboa

Quando Siza Vieira projectou 3 torres para Alcântara existiu uma convulsão politica e popular contra um projecto que ficaria totalmente adaptado à envolvência, não fosse o facto de ficar contiguo à ponte 25 de Abril. O facto de um "super star" da arquitectura internacional planear uma torre no tecido histórico da cidade já é aceite??!! Não esquecer que estes projectos são encomendados por grupos económicos que pretendem mostrar-se e afirmarem-se com projectos à imagem dos seus umbigos... O facto de se fazer a primeira dá o pretexto para se fazer a segunda, a terceira... Não sou contra projectos estrangeiros em Portugal (bem pelo contrário), mas sim, quando esses projectos não respeitam a consciência de projectar para um tecido histórico. Quanto aos elevadores de acesso ao castelo, mais um projecto à luz do umbigo de quem teve a brilhante ideia... O facto de fazer com que os turistas sejam tele-transportados da baixa directamente para o castelo, sem atravessarem Alfama/Mouraria, bairros que tem um alto interesse histórico, turístico e rematam o castelo com o seu característico tecido urbano da época.
Mas pronto, quem está no poder é que sabe destas coisas.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Casa em Alfama

A casa assume a pretensão de se destacar e tornar-se referência na paisagem. No tecido consolidado mas anárquico de Alfama, afirma-se, mas o facto de fazer alusão ao conceito de Torre (frequente nas torres das várias igrejas que existem no Bairro), tornam-na integrada no contexto. A casa assenta sobre o miradouro das Portas do Sol, com uma implantação mínima, mantém o uso público por quem quer admirar a vista sobre o rio. A posição da casa faz com que o utilizador do miradouro não tenha o total da vista quando chega, tendo de a contornar para ver a restante paisagem, assim criam-se dois momentos de paragem, a própria forma da casa influência um movimento dinâmico em volta delta, incentivando o utilizador a contornar a casa e ter acesso ao espaço por trás desta. O primeiro piso é construído em betão, tornando-se uma base forte e pesada para os restantes 6 pisos da casa (como uma torre), os restantes são construídos numa leve estrutura metálica e revestidos a vidro, para que todas as divisões tenham uma relação interior/exterior de 360º com a paisagem, a casa faz parte de Alfama e abre-se a Alfama. A hierarquia e separação de espaços é feita piso a piso e pela forma como se utiliza a casa. Entre divisões tem de se subir ou descer, numa sucessão de espaços, evidenciando a vivência de torre. Para controlar a luz e proteger a privacidade, a casa é coberta uma cortina translúcida, por cada piso, . Abrindo ou fechando a cortina cria-se uma mutação do volumes e a própria vibração da torre cria a quem olha uma intriga e alguma ambiguidade de leitura, aumentando o leque de interpretações e conclusões a cada um e a cada qual.
O trabalho foi desenvolvido na cadeira de Projecto 3, U.L. de Lisboa








segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Itinerário do Sal

Fica aqui uma amostra da performance de Miguel Azguime no IFP (instituto franco-português), no passado dia 16.1.2009, em Lisboa. Experiência interessante na interacção em tempo real de Som, Corpo e Video. Gil