quinta-feira, 25 de novembro de 2010

8 Casas em Alfama

Realizado no âmbito da cadeira Projecto III, o projecto constrói 8 casas para 8 personagens da colecção O Bairro, de Gonçalo M. Tavares.
As 8 casas constroem-se num único volume serpenteante, que redesenha os espaços exteriores contidos pelas antigas ruínas do Pátio D. Fradique, em Alfama, Lisboa.
As casas em conjunto com o programa anexo, pequeno comércio, espaços exteriores comuns, salas polivalentes, cafés, serviços, miradouros, etc., criam uma entidade híbrida, um organismo dinamizador da envolvente e gerador de relações entre os moradores e os utilizadores da cidade em geral. Torna-se um espaço atractivo e energético, impulsionador da regeneração do bairro e contentor de comunitarismo. 
Sensível à sua envolvente, o projecto segue uma leitura de continuidade; o tratamento das fachadas e articulações volumétricas, pretendem que o novo elemento se anule no contexto geral, apelando a uma cidade continua e democrática.  






Reconversão da área envolvente ao Lago no Largo de S. Marcos, Arripiado

Intervenção simples de reconverter a área circundante ao lago.
Anteriormente este espaço estava pavimentado com relva, devido a condições de manutenção e estéticas, foi pedido um novo desenho dos pavimentos e consequentes alterações ao espaço.
A intervenção passou por definir novas cotas do pavimento, alterar o desenho dos muros de contenção e redesenhar a disposição da vegetação.
O resultado foi aproximado ao pretendido inicialmente, embora a vegetação ainda não tenha sido plantada, o desenho da calçada não seria desta forma em específico e o banco proposto, num novo ponto de paragem e contemplação para o Tejo, também não tenha sido o especificado.
No conjunto, criou-se um novo platô de contemplação para o rio e para Tancos, localizada na outra margem do Tejo.



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Alterações Casa no Vale da Serra

Com o desenrolar do processo de licenciamento e o próprio amadurecer do projecto, fizeram-se pequenas alterações. Mínimas na expressão, mas importantes na composição do todo e fulcrais no habitar. 

quarta-feira, 5 de maio de 2010

The third and the seventh

The Third & The Seventh from Alex Roman on Vimeo.

The Third & The Seventh / Alex Roman
"We all remember how spectacular was Alex Roman’s CG Shortfilm about Louis Kahn’s Phillips Exteter Academy Library. Now, you can see Roman’s latest animated video called “The Third & The Seventh”. The video was created with 3dsmax, Vray, After Effects, and Premiere."
in: archdaily

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Arquitecturas sem arquitectos

Programa "Ver Artes / Arquitectura" (1992/96) da TV2 - arquitecturas sem arquitectos


Work

Reportagem realizada pelo jornal O Mirante relativamente ao projecto Comenius na Escola EB 2,3/S da Chamusca

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ser proactivo

Túnel ferroviário vai atravessar a zona mais alta dos Pirenéus
Por Carlos Cipriano

O Governo de Aragão é o principal impulsionador de um projecto que prevê aproximar a Península Ibérica do resto da Europa através de um túnel ferroviário de 40 quilómetros debaixo dos Pirenéus, precisamente na zona onde eles são mais altos.

Para isso, foi criada a Fundación Transpirenaica, da qual fazem parte o Governo regional e 19 parceiros entre associações empresariais e comerciais e as duas principais centrais sindicais espanholas (Comissiones Obreras e UGT).

A justificação para este investimento radica na constatação de que a travessia daquela cordilheira está congestionada porque só pode ser feita pelas suas extremidades mediterrânica e atlântica. Segundo os dados mais recentes, mais de 20 mil camiões cruzavam diariamente a fronteira hispano-francesa, o que dá uma média de sete veículos pesados por minuto em Irún e La Junquera. E quem já viajou pela auto-estrada que liga San Sebastian a Irún e Bordéus depara-se com um muro contínuo de camiões.

Quanto ao caminho-de-ferro, só 4,5 por cento das mercadorias que cruzam a fronteira entre Espanha e França são transportadas por comboio (entre Portugal e Espanha essa percentagem é de quatro por cento). Pela fronteira de Irún-Hendaya passam todos os anos, sobre carris, 1,9 milhões de toneladas de mercadorias e por Cerbére-Port Bou 2,5 milhões. Em ambos os lados, as infra-estruturas estão congestionadas e também não é de esperar que a linha de alta velocidade em construção entre Barcelona e a fronteira francesa venha resolver o problema, uma vez que se destina essencialmente ao tráfego de passageiros e não de mercadorias.

Natalia Blásquez, directora da Fundación Transpirenaica, diz que para evitar o colapso a solução passa por um corredor ferroviário de grande capacidade no qual possam transitar entre 40 e 50 milhões de toneladas anuais, aproveitando os nós logísticos de Saragoça, Madrid, Toulouse, Bordéus e o Levante espanhol. Mais: tal projecto seria decisivo para se poder escoar para o resto da Europa os tráfegos provenientes dos portos de Sines, Lisboa e Algeciras.

Para já, a Comissão Europeia escolheu-o como um dos 30 projectos prioritários declarados de interesse europeu, atribuindo-lhe o número 16 e chamando-lhe "corredor Sines/Algeciras-Madrid-Paris com Travessia Central dos Pirenéus de grande capacidade". Os estudos estão fixados em 10 milhões de euros, dos quais cinco milhões são financiados pela Comissão e o restante pelos estados espanhol e francês.

Natalia Blásquez diz que o próprio presidente Barroso e o comissário europeu dos Transportes, Jacques Barrot, expressaram publicamente o seu apoio a este projecto, que coincide com a estratégia ambiental de Sarkosy "que passa por favorecer os investimentos no transporte em comboio e barco em detrimento da construção de novas auto-estradas".

Num cenário que apelida de "optimista e realista", a directora crê que em 2015 poderão ter início as obras e que a inauguração poderá ocorrer em 2025.

Não por acaso, a Fundação Transpirenaica se situa em Saragoça, sendo o Governo Regional de Aragão o principal promotor do projecto. A cidade pouco conhecida que fica no meio da meseta não se limitou a viver um momento efémero de fama aquando da Exposição Mundial de 2008 (dedicada à água) e não ignorou as potencialidades de ter o comboio de alta velocidade espanhol a ligá-la a 300 km/h a Madrid e Barcelona, e uma aposta estratégica que se revelou um êxito - decidiu criar a maior plataforma logística da Europa, que é três vezes maior do que a segunda, em Berlim.

Ao todo são 13 milhões de metros quadrados (onde já se instalaram desde 2002 mais de 200 empresas) e que contém no seu interior um aeroporto e o maior terminal ferroviário de mercadorias da Europa.

Segundo Alfonso Vicente, conselheiro de Obras Públicas do Governo Regional de Aragão, o investimento - de 2,5 mil milhões de euros - foi financiado em 51 por cento pela própria região autónoma, 12 por cento pela cidade de Saragoça e os restantes 36 por cento pela banca. Um exemplo do funcionamento desta plataforma logística é a vinda, semanal em avião, desde a África do Sul, de 130 toneladas de peixe fresco para abastecer uma rede de supermercados espanhóis.

in Público (22.04.2010)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Outros tempos



"Aos 13 anos era gravador de caixas para relógios na pequena cidade natal... Um dia, um amigo de escola disse-me: quero construir uma casa. Respondi-lhe: faço-ta eu..." Le Corbusier

Madrugadas

As madrugadas dão nisto:

propriedade de Pedro Amaral

terça-feira, 6 de abril de 2010

A mão de Deus



Quando homens simples se tornam enviados de Deus na terra... Que escolhem quem merece ou não merece viver, e descarregam a sua fúria de uma forma altamente desproporcionada... Quando se é a nação mais poderosa do mundo, a responsabilidade perante os Outros é infinitamente maior, muitos mais complexa de que um simples jogo de computador...

Nojo, Revolta e Estupefacção são os meus sentimentos a ver este clip, não que fosse naif ao ponto de não saber que estes acontecimentos existiam... Mas quando os vimos ao vivo, sentados na nossa sala de estar, o mundo ganha outra dimensão.

terça-feira, 30 de março de 2010

Demolições

A noticia publicado no Web jornal "O Mirante" torna claro o que muito se passa por esse jardim à beira mar plantado. A facilidade de deturpar o que bem tem de se fazer, muitas vezes sai impune arcando com as consequências terceiros, que não tiveram envolvidos no acto de construção, a maioria das vezes os clientes, que sofrem no fim as consequências da arrogância de algum "Chico Esperto" que quis arrecadar para si o que não lhe pertencia. Tudo quer "meter ao bolso"! O que vai na mentalidade desta "gente" que se compromete a fazer e não o faz? Pensam que tudo é ignorante e estúpido? Ou pensam que são O todo o poderoso e que ninguém os vai chatear? Se calhar foi isso que aconteceu muito tempo, tempo a mais... Muitas das vezes passa despercebido ou nunca se descobre mesmo porque (felizmente) não ocorre nenhuma fatalidade. Quem ainda se lembra do edifício em Setúbal onde ocorreu uma explosão de gás?, quando o LNEC fez a vistoria para verificar se ainda existiam condições de segurança com a estrutura, veio-se a constatar (incredulamente) que o poço de elevador, uma das espinhas dorsais da estrutura na construção vertical, foi erguida em alvenaria de tijolo e não em betão armado como mandam as REGRAS! Quem deixou passar, quem quis deixar passar??? Algo tem de mudar, em limite TUDO tem de mudar! Senão vamos lamentar pelo que "devíamos" ter feito, um dia no futuro.

Noticia:
"Demolição de edifício da Secundária Maria Lamas nas mãos do LNEC

O Ministério da Educação anunciou que vai abrir um inquérito para apuramento de responsabilidades caso o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) confirme a existência de “anomalias graves” num edifício da Escola Secundária Maria Lamas, em Torres Novas, construído há apenas oito anos e que custou cerca de um milhão de euros. O relatório referia mesmo a possibilidade de se ter de demolir o edifício em causa – o mais recente daquele complexo escolar - o que causou surpresa e indignação entre o executivo da Câmara de Torres Novas.
As deficiências foram detectadas por um estudo técnico mandado realizar pela empresa pública Parque Escolar, que revelou problemas diversos relativos à condição física do edifício, “designadamente a necessidade de reforço estrutural em função da resistência às acções sísmicas”.
Na resposta a uma pergunta da deputada do Bloco de Esquerda Helena Pinto, a ministra da Educação diz que a decisão de demolir ou recuperar o edifício depende das conclusões do estudo solicitado ao LNEC. Ressalvando que o estudo da Parque Escolar refere que o edifício “não apresenta risco imediato”, pelo que continuou a ser utilizado, a governante garante que “caso se confirmem anomalias graves ao nível da execução do edifício, este Ministério procederá a um inquérito para apuramento de responsabilidades”.
O caso foi tornado público pelo vereador Carlos Tomé (CDU) em reunião de câmara realizada em Fevereiro passado, onde alertou o executivo para o facto de um edifício com oito anos possuir “graves questões relativamente à segurança” e que, segundo o parecer dos técnicos, ruiria em grande parte se houvesse um sismo. As instalações possuem várias brechas, não há acessos e chove no interior, mencionou Tomé.
O presidente da Câmara de Torres Novas, António Rodrigues (PS), salientou o facto de a obra ser da tutela do Ministério da Educação, classificando a situação como “uma vergonha”. Destacou contudo que o argumento da edificação não estar preparada contra abalos sísmicos era insuficiente, uma vez que essa é a situação da grande maioria das construções em Portugal. Afirmou assim não concordar que “se leve o edifício abaixo sem que se encontrem soluções alternativas”.
Requalificação integral da escola vai a concurso
Na mesma resposta, a ministra da Educação, Isabel Alçada, informa ainda que o lançamento do concurso para a requalificação da parte mais antiga da Escola Secundária Maria Lamas deve decorrer até final de Junho, estando prevista a adjudicação da empreitada até final do corrente ano."
in O Mirante

segunda-feira, 1 de março de 2010

A questão da Madeira

Até quanto mais esta arrogância de quem dirige, de quem ordena, de quem as pessoas confiam. A auto-proclamação de senhores decisores, que passam por cima de tudo e de todos, que ignoram os concelhos e directivas de quem dedica a vida a estudar estes temas. Tudo em nome de um Progresso que de tempo a tempo, sofre um grande Reverso:

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ajustes Directos

Destinatário:

Ajustes Directos da Parque Escolar

Ao Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República

A Parque Escolar E.P.E. é uma empresa pública que “tem por objecto o planeamento, gestão, desenvolvimento e execução do programa de modernização da rede pública de escolas secundárias e outras afectas ao Ministério da Educação.”. (cit.)
Desde a data da sua criação, a 21 de Fevereiro de 2007, beneficia de um regime de excepção na celebração de contratos de empreitada de obras públicas, de locação ou aquisição de bens móveis e de aquisição de serviços; concedido pelos seus estatutos fundadores, DL 41/2007, prorrogado pelo DL 25/2008 de 20 de Fevereiro, posteriormente pelo DL 34/2009 de 6 de Fevereiro e já no decorrer do corrente ano de 2010 pelo DL aprovado em Conselho de Ministros a 21 de Janeiro.
O referido regime de excepção permite o recurso aos procedimentos de negociação, consulta prévia ou ajuste directo como possíveis na formação dos contratos, desde que esteja salvaguardado o “cumprimento dos princípios gerais da livre concorrência, transparência e boa gestão, designadamente a fundamentação das decisões tomadas” . (cit.)
Cumulativamente estipula a publicação obrigatória no portal da Internet dedicado aos Contratos Públicos, daqueles que forem realizados na sequência de ajuste directo ao abrigo deste regime de excepção; sendo esta, condição de eficácia do respectivo contrato. Refere ainda a necessidade de convite a pelo menos três entidades distintas para apresentação de propostas.
A Parque Escolar E.P.E., ao arrepio das mais elementares regras da transparência e da boa regulação profissional, tem ignorado estas disposições e subvertido a excepcionalidade concedida. A consecutiva repetição na escolha das equipas projectistas é flagrante, tendo vários gabinetes de arquitectura sido contemplados com projectos para 3, 4, 5 e 6 escolas.
Como exemplo extremo desta conduta a Parque Escolar E.P.E. entregou os projectos de 11 escolas à mesma equipa projectista.
O gasto discricionário dos dinheiros públicos, num programa de requalificação de 2500 milhões de euros envolvendo 332 escolas, não é próprio do recomendável acesso democrático à encomenda pública e a blindagem no acesso à informação sobre os vários procedimentos inviabiliza o necessário escrutínio público.
O obscurantismo com que tem sido governado o processo de obras públicas que mais verbas tem movimentado nos últimos anos, a total ausência de critérios públicos e transparentes nas escolhas das empresas objecto de adjudicações directas, a progressiva constatação de problemas nas obras concluídas e, sobretudo, a defesa do interesse público motiva os abaixo-assinado a solicitar à Assembleia da República que delibere:

1. A revogação do estatuto de excepcionalidade de contratação utilizado pela Parque Escolar E.P.E., passando todas as contratações a ser regidas pelas disposições constantes do Código dos Contratos Públicos, como as demais entidades públicas;

2. Propor ao governo a exoneração dos actuais membros do Conselho de Administração da Parque Escolar E.P.E., e a nomeação de novos membros de reconhecido mérito profissional e académico, como garante de condução de um processo transparente, participado e veloz;

3. Solicitar ao Tribunal de Contas a abertura de um procedimento de auditoria à Parque Escolar E.P.E. ao abrigo do Art. 55º da Lei n.º 98/97, de 26 de Agosto (Lei de organização e processo do Tribunal de Contas).

Os Peticionários

Para assinar a petição é só seguir o link:

http://www.peticao.com.pt/parque-escolar

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Singularidade

Existem sítios e lugares que pelas suas características intrínsecas e particulares são singulares. São locais que criam algo em quem os experiência, sejam sensações ou memórias. A arquitectura tem a capacidade de tornar o lugares singulares ou então de acentuar aqueles que já o são. A dificuldade surge ai, na ambição e capacidade de tornar isso possível, de conseguir colocar as vivências e experiências próprias ao serviço do Outro, de quem utilizará o resultado do caldeirão de ideias e variáveis que envolve um projecto.
Mas para que algo se torne verdadeiramente marcante na vida de cada um, não é necessário a complexidade desmesurada ou um panóplia de artifícios. Como dizia um arquitecto português, de outra geração: o Arquitecto possui uma mala de truques, e esses truques são a luz, a matéria e o espaço. Depois a diferença é como cada qual usa esses truques. Não é preciso mais para se criar algo verdadeiramente singular a não ser o nosso próprio ser.
Por vezes, o mais simples, é que nos toca mesmo:

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Casa no Vale da Serra



Num terreno junto ao arranque da pendente da Serra D'Aire implanta-se uma casa pátio, voltada para si, não perturbando a sua envolvente rural.